Em seu livro de estreia, Catarina Costa convida o leitor a revisitar as páginas numa investigação do poema que vez ou outra desaparece mesmo que na folha as palavras estejam impressas em tinta preta. A criança ainda embrionária teima em dizer que existe, mas ela não quer nascer. E assim se desenvolve a mãe que antes de pensar em ter uma criança foi sendo criança e depois de ter sido foi também o despontar do bico do peito até descobrir o gesto universal dos homens: a predação. Instaurando-se então o tempo do fascínio, seja nos livros como O velho e o mar ou nas veias que se confundem com a madeira da mesa. Deus em certos instantes cisa a barriga de uma ratazana, sendo que o mesmo, outrora, graceja para o poema, logo o maior gesto de coragem da poeta diante ao mundo.
Aos que chegaram até aqui eu proponho que agarrem o livro antes da extinção das palavras.


Histórias do bom Deus
O estado das coisas
Está à venda o jardim das cerejeiras
Placenta: estudos
"A família de Elizabeth Teixeira + Sobreviventes de Galileia" visto por
"Theodorico, o imperador do sertão" visto por
O vento gira em torno de si
Sobre a fábula e o desvio
A era do sono
A outra história
Max Martins em colóquio
A arte do teatro
O exílio de Augusto Boal
3º Encontro questão de crítica
A invenção do amor
Parados e peripatéticos
Sideral
Espaço, corpo e tempo
Rita
Cinco poetas italianas na virada do século XIX-XX
Cadernos de alguma poesia
Notas. atos. gestos
Corpo em combate, cenas de uma vida
Nas frestas das fendas 

