Todo lugar é sempre o mesmo e toda vez é sempre a mesma, ainda que sejam sempre outros lugares e outras vezes. Todo texto é sempre o mesmo, mas as glosas, os comentários, estes desvios produzem ramificações novas e surpreendentes. Vida e literatura se tocam e se afastam na composição de um tecido composto por fios de memórias falsificáveis, relatos duvidosos e impressões meramente imaginativas.
Em Glosa, Juan José Saer leva ao limite sua exploração sobre as possibilidades do romance de uma forma singular. Dois personagens se encontram por acaso e decidem, por pura contingência, caminhar pela principal avenida de Santa Fé em uma manhã ensolarada. Em um esforço conjunto, buscarão reconstruir um aniversário no qual nenhum dos dois esteve. Caminham atrás de uma questão filosófica e se deparam com suas próprias memórias, existências e expectativas. O tempo e o espaço se alongam nas quadras caminhadas e com isso Saer compõe uma narrativa instigante e única.


Cara de cavalo
Nenhum nome onde morar
Praia a pino
Arrastão de textos
Cinzas do século XX
Cadernos de alguma poesia
Quando estava indo embora
Era preciso um caminho
Balaio
A paixão mortal de Paulo
Hakim, o geômetra e suas aventuras
Sobre Spinoza
Caminhos para conhecer Dona Flor no cinquentenário da narrativa de Jorge Amado
Supertrampo
Para pensar
O médico e o barqueiro e outros contos
Diálogos possíveis
A gymnastica no tempo do Império
Tramas epistêmicas e ambientais 

