Em verso ou prosa, mestre dos ritmos e do corte, cartógrafo da simples cidade que só um poeta sabe ver (e decifrar, construir), Marcos Siscar apresenta neste Manual de flutuação para amadores um verdadeiro guia de sobrevivência (artística e filosófica) para os dias de hoje: uma daquelas leituras indispensáveis, obrigatórias, que precisamos levar conosco na bolsa, na bagagem, para reler e consultar a todo momento.
O poeta, aqui, é (são) muitos- vide Errata. Mora dentro de um carro e tem hábitos esquisitos, que são revelados ao Lixo cuidadosamente escolhido. Traduz com precisão a máquina veloz do mundo (que será), plantando as sementes que já brotaram no seu jardim.
Inverte a ordem das coisas e nos ganha com sua causa perdida. Da matéria bruta, do big-bang da palavra que ainda não nasceu e já é memória, novos sentidos despertam a cada página, a cada leitura. Talvez poesia seja o nome disso… ou é quando e onde se incendeia?


O vento gira em torno de si
um corpo é uma abertura
Contos inversos
O som dos anéis de Saturno
Caminhos para conhecer Dona Flor no cinquentenário da narrativa de Jorge Amado
Supertrampo
A memória é uma boneca russa
Corvos contra a noite 

