Este é o diário de uma reabilitação. A escrita com a mão machucada: breve e precisa. Rápida e indolor, a leitura toma a forma de um “jogo da memória”. Diverte quem souber percorrer suas trilhas de repetições, metonímias e jogos de palavras ou, de outro modo, quem quiser se entregar à lentidão, à pacatez. Um labirinto tragicômico de diagnósticos, benzeduras e analgésicos culmina na percepção da dor como um fenômeno vazio, que resiste à significação. Onde linguagem e mundo se confundem, o efeito do que é dito recai não apenas sobre o corpo ou a percepção da protagonista, mas sobre as coisas elas mesmas – conversão ou contágio? Entre o artificial e o orgânico, as mãos do lusco-fusco: meio implantes, meio selfmade. E a narradora nascendo ora de um autoesforço, ora de um encontro com a alteridade, entre a mão machucada e a imaginada.


O exílio de Augusto Boal
Vento, vigília
Teatro da espera
Nenhum nome onde morar
Murmúrios
Por Que Uns E Não Outros? 2ª Edição
Cadernos de alguma poesia
A ordem interior do mundo
Estou viva
Culturas e imaginários
Ensaios inspirados em ficção científica
O menor amor do mundo
Balada de uma retina sul-americana 

