”Às vezes / tento descobrir / quem é esse cara / que se passa / por Heitor […]” – assim se apresenta o poeta ao “caro editor”, e por conseguinte ao leitor de seu novo livro: Meu semelhante. A escrita íntima, o olhar sutil sobre o tempo e a cidade, os tantos poetas e poemas que (não) se escondem ao longo dos versos, às vezes trazem um tom de leve ironia que é quase uma piscadela para o leitor, cúmplice desde o título. Sete anos depois do belíssimo “Um a menos”, Heitor Ferraz volta à cena com um livro que reafirma seu trabalho como um dos autores mais importantes da atualidade.


Cárcere privado
O morse desse corpo
Vento, vigília
Pedaço de mim
O mar que restou nos olhos
Da capo al fine
O mais sutil é a queda
O fim do Brasil
Estrada do Excelsior
Estou viva
Pulvis
Corvos contra a noite
De todas as únicas maneiras
Grito em praça vazia
Era preciso um caminho
O médico e o barqueiro e outros contos
Poesia reunida
Sonilóquios
O tempo amansa / a gente
Numa nada dada situação
O menor amor do mundo
A bordo do Clementina e depois
A cidade inexistente
Interpretações literárias do Brasil moderno e contemporâneo
Cadernos de alguma poesia
A casa invisível
A construção social do "ex-bandido"
A incerteza das formas
Como não agradar as mulheres 

