Nossa intenção foi traçar um miniperfil de mulheres que enfrentaram muitos problemas, dores físicas e morais, mas que, mesmo assim, deixaram contribuições valiosas para a Humanidade, marcando de forma indelével e intemporal a História. O traço comum entre elas é que, mesmo tendo suas vidas marcadas pelo sofrimento e preconceito, conseguiram, por sua criatividade, vencer todos os obstáculos, “dando a volta por cima”, enfrentando as adversidades de suas trajetórias de vida e fugindo à chamada “vitimização das mulheres e sua sujeição ao masculino”.
Não pretendemos fazer uma análise linear de suas lutas e vitórias, nem aceitar a dicotomia entre a vitimização da mulher ou sua heroicização. Por não abandonarmos a centralidade do sujeito, não quer dizer que fizemos uma “história em migalhas” e que não levamos em consideração o gênero como categoria de análise, trabalhando de forma relacional. Privilegiamos um determinado sujeito feminino, embora problematizando relação entre os sexos.


Caminhos para conhecer Dona Flor no cinquentenário da narrativa de Jorge Amado 

