A poesia de Diego Pansani aspira sobretudo à liberdade de criação e de experimentação. Num jogo de palavras irreverente, estes versos preferem a forma livre sem abrir mão de vez ou outra exibirem um soneto, além de formarem também uma coletânea de poemas corajosos, que não hesitam em se posicionar politicamente. Há uma aproximação, como apontado por Heitor Ferraz Mello, com o antilirismo, de maneira que o leitor se encontra, por vezes, diante de linguagens burocráticas ou mecânicas. Entre tantos temas, Nenhuma poesia evidencia também o bombardeio de informações que nos atinge no plano cotidiano – sem, contudo, perder o humor.
Livro contemplado pelo ProaC-2018.


Numa nada dada situação
Vento, vigília
Pulvis
Nas frestas das fendas
O animal do tempo / A inquietude
O morse desse corpo
Todo abismo é navegável a barquinhos de papel
O assassinato da rosa
O mar que restou nos olhos
Antologia poética
Da capo al fine
Trabalhos jurídicos
Estrada do Excelsior 

