Com uma pesquisa apurada e embasada em farta documentação, Thiago Machado de Lima analisa um recorte bastante particular – a 5a legislatura da Assembleia Legislativa da Bahia, com deputados eleitos em 1962 e que vivenciaram a transição do estado democrático para o regime militar em 1964 – para tentar responder a uma série de questões: quais os sentidos do impacto do golpe de 1964 para o Parlamento da Bahia? Como atuaram as foças de oposição e situação dentro da instituição? Quais discursos e estratégias foram acionados? Quais foram os espaços de negociação, acomodação e resistência? Como o Legislativo se rearticulou diante das mudanças no sistema político-partidário no país? Qual foi o papel dos Legislativos Estaduais na legitimação e sustentação da ditadura no Brasil?
A tese central do livro está inscrita nas novas abordagens que superam as versões que vitimizam a sociedade, demonstrando como o próprio Poder Legislativo contribuiu para a legitimidade do governo militar. O estudo do caso da Bahia é revelador das escolhas e estratégias de indivíduos e grupos políticos para o apoio à ditadura. Como bem apresenta o professor Raimundo Nonato Pereira Moreira, “no tempo sombrio em que vivemos, percorrer as trilhas sinuosas de um trabalho acadêmico que evidencia o processo de construção de uma ditadura (movendo-se nos interstícios da repressão e do consenso) é motivo razoável para o leitor valorizar a investigação histórica e estabelecer relações significativas entre o passado e presente.”


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