Ritmo e melodia escapam pelos versos de Abel Dias, que constrói poemas harmônicos, intrigantes, que prendem o leitor pelo olhar questionador e atento sobre as coisas mais comuns do mundo. Não poderia ser diferente: letrista e músico, Abel está conectado não só aos seus próprios movimentos internos mas aos sons e barulhos ao seu redor, anotando conversas, ideias e divagações em despretensiosos guardanapos de bar, e trabalhando-os depois, com a acuidade, precisão e o labor intenso de um verdadeiro poeta.
O resultado é uma poesia que nos faz saborear com intensidade O gosto dos dias. Que ousa mergulhar profundamente nas emoções, seja capturando a solidão alheia, seja refletindo sobre as dores, alegrias e desilusões das paixões,do viver, do envelhecer. Passeando pelas esquinas do Rio de Janeiro, escrevendo sobre o mar e sobre amor, dialogando com Drummond e Caymmi, Abel nunca deixa de cantar, em seus versos de uma elegância e por vezes um humor único, a beleza da existência.


A duas mãos
O menor amor do mundo
O fim do Brasil
Tartamudo
O tempo amansa / a gente
Numa nada dada situação
Pré-história
Pulvis
Estou viva
Culturas e imaginários
Cadernos de alguma poesia
Nenhum nome onde morar
No domínio de Suã
Pesquisa histórica e história do esporte
Poemas para morder a parede
Durante
A filosofia natural e experimental na Inglaterra do século XVIII
Estrada do Excelsior
Poesia reunida
Nas frestas das fendas
Como impressionar sem fazer esforço
Trabalhos jurídicos
A trincheira dos trabalhadores
Pessoas em movimento
O médico e o barqueiro e outros contos
Antologia poética
O mar que restou nos olhos 

