Mais que a história, a narrativa. O texto de Carol Rodrigues é hipnótico, tem um ritmo intenso e cativa o leitor com a urgência de suas imagens inesperadas. Na voz do prisioneiro, em sua travessia rumo ao exílio, a autora vai tecendo com engenho e habilidade os fios dessa história de crime e castigo e nos guiando pelos labirintos da memória e da linguagem para revelar aos poucos o que se oculta por dentro dos silêncios da ilha. A costura sutil é executada com maestria, remontando ao nascimento das gêmeas Mitra e Varuna, as carrancas com os dentes já prontos, a infância vivida junto com a amiga Ulina, o presságio das paixões avassaladoras e das tragédias que viriam a tomar conta do lugar. Depois da estreia com os contos do premiadíssimo Sem vista para o mar, Carol Rodrigues se afirma de vez com este romance como um nome de peso na literatura nacional, com talento e originalidade.
Finalista do Prêmio Jabuti 2020.


Cara de cavalo
Nenhum nome onde morar
Praia a pino
Arrastão de textos
Cinzas do século XX
Cadernos de alguma poesia
Quando estava indo embora
Era preciso um caminho
Balaio
A paixão mortal de Paulo
Hakim, o geômetra e suas aventuras
Sobre Spinoza
Caminhos para conhecer Dona Flor no cinquentenário da narrativa de Jorge Amado
Supertrampo
Para pensar
O médico e o barqueiro e outros contos
Diálogos possíveis
A gymnastica no tempo do Império
Tramas epistêmicas e ambientais
Crítica de poesia
Antologia poética
História de vocês
O papagaio & outras músicas
Pulvis
Fausto tropical
Jogo de linguagem e a ética ferencziana
O menor amor do mundo
Tartamudo
Numa nada dada situação
Um vermelho não é um vermelho
Poesia reunida
Tudo intacto até o próximo segundo
Eu, Jeremias 

