De Rousseau a Turguêniev, o autor de O Que Fazer? sorveu das fontes as mais diversas para escrever o seu próprio romance. […] Tchernychévski dialogava com a produção literária da Europa Ocidental, ao passo que buscava elaborar um corpo filosófico-literário próprio, que tanto se comunicasse com a tradição literária russa, quanto fosse capaz de dar respostas às principais contradições do czarismo.
Os vestígios de Julie ou a Nova Héloïse, Jacques, Tempos Difíceis, Quem É o Culpado? e Pais e Filhos em O Que Fazer? são a expressão literária imediata de um intenso diálogo intertemporal e intercultural, que deixou marcas profundas não apenas na literatura como na própria sociedade russa.