Oba – uma palavra de três letras que resume a possibilidade de que alguma coisa boa está por vir, vai acontecer. Pode ser uma festa, uma dança, um encontro, uma música, um passeio, um carnaval. Presente e passado se unem na memória afetiva.
São setenta e cinco poesias que, aparentemente, parecem soltas, desgarradas, mas ao terminarmos a leitura concluímos que não. Elas estão bem interligadas, como uma locomotiva puxando vários vagões para chegar num mesmo destino. Ao não dar nome às poesias, a autora permite a possibilidade de um jogo lúdico de quem estiver lendo dar nomes de acordo com sua sensibilidade emocional.
Maria Vasco, além de poeta, é compositora e artista plástica. Destaco neste trabalho a beleza das palavras, bom humor, coragem de frases cortantes como um punhal,
que atingem o alvo desejado, nossos corações e mentes com a precisão de um raio laser. Nos afastamos, assim, de um cotidiano muitas vezes assustador e galopante e nos aproximamos da magia da poesia com múltiplas emoções entre risos e lágrimas… coisas da vida. Ao terminarmos a leitura exclamaremos OBA! – palavra simples que nos remete a tantas boas coisas.
Ricardo Meirelles


Da capo al fine
O mar que restou nos olhos
Poemas para morder a parede
Jogo de linguagem e a ética ferencziana
Corpo sem órgãos
O morse desse corpo
Antologia poética
Sublunar
O fim do Brasil
Cao Guimarães
Temas da sociologia contemporânea
A casa invisível
A ordem interior do mundo
Pulvis
Cadernos de alguma poesia
Derivações de Ana
O tempo amansa / a gente
Nenhum nome onde morar 

