Em junho de 2013, o Brasil passou por um período muito conturbado de manifestações e conflitos nas ruas. Dimitri estava lá, entre os caveirões, a cavalaria e o gás lacrimogênio. No meio de todo aquele turbilhão de emoções, a rua lhe mandou um beijo. Ocupa é um desdobramento feliz e potencializador de tudo o que aquele corpo (composto e milhares de cabeças em chamas) testemunhou. Segundo Angélica Freitas: “Este é um livro belo, transbordante, forte. É bem-vindo, necessário, é um livro para ficar na cabeceira, para ler na cama, é um livro para ler com alguém na cama, e depois sair pra rua – nestes dias que nos querem dentro de casa, o nariz grudado em aparelhos eletrônicos.”


O morse desse corpo
Uma escola de luta
Balaio
O mar que restou nos olhos
Como impressionar sem fazer esforço
Todo abismo é navegável a barquinhos de papel
A casa invisível
Poemas para morder a parede
Vento, vigília
Cadernos de alguma poesia 

