Como se um livro de poemas pudesse ser lido como um romance (talvez autobiográfico?), ou como um passeio pelo lado selvagem da vida, Maria Cristina Martins nos enreda nesses ovos de ferro como se estivesse confessando algum segredo profundo, nos provoca com a revelação de algo que está muito além das normas cotidianas de conduta, e nos cativa com a certeza de que no fundo resta a esperança da arte, da literatura. E nessa descoberta tudo vale a pena.
”naqueles dias eu via tudo sob uma névoa verde musgo que saía da minha própria boca sempre que eu tentava falar formando um círculo sobre minha cabeça e as palavras ficavam vagando por esse ar em volta da minha cabeça todas as palavras ali em volta sem som dançando pra lá e pra cá e ela chamava o doutor enquanto eu só pensava que merecia ter conhecido a verdade desde sempre para ter passado todos esses anos me desculpando porque embora eu seja a consequência e não a causa me sinto terrivelmente culpada”.


Nas frestas das fendas
Desigualdades interdependentes e geopolítica do conhecimento
Estrada do Excelsior
História de vocês
Sinais Trocados
O médico e o barqueiro e outros contos
A casa invisível
O morse desse corpo
O som dos anéis de Saturno
Da capo al fine
Todo abismo é navegável a barquinhos de papel
Poesia reunida
O mar que restou nos olhos
O tempo amansa / a gente
IV Encontro Luso-Brasileiro de Museus Casas
Motus perpetuo
Nenhum nome onde morar 

