Gosta de poesia?
Ponti Pontedura é atento ao ritmo, é aquele que deixa no ar o poema com voz trêmula. Repleto de sinestesia e correndo com intimidade para dentro da possibilidade do poema, o autor não economiza nas múltiplas metáforas do corpo. Corpo tal que pode ser lido como corpo do texto ou corpo da pequena dançarina que escapa das mãos, e que é coisa cadente, / estrela abandonada. Um corpo que anseia acolher o mundo dotado de um dicionário singelo. Os versos anunciam o desejo generoso do poeta de salvar a humanidade como em um ato lírico.
Ainda que o blues de uma fina melancolia possa acometê-lo, há uma insistência no movimento das palavras: iguarias gostosas da língua portuguesa. Nessa ondulação poética entre o grandioso e o ínfimo, “o poema renasce na rua e rompe o tédio ruminante” e suplica: “Vem, escreve uma palavra e tua alma será salva”.
Os pontos finais não findam a inquietude de quem crê na salvação por meio da poesia. A interrogação fundamental persiste no corpo do leitor: Ora, poeta, o que você sabe sobre isso?


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