Partindo da consideração dos movimentos de vanguarda na América Latina como discurso cultural, este trabalho propõe o estudo de um aspecto específico; relações estabelecidas entre esses movimentos e diversas manifestações da cultura popular, tanto no âmbito literário quanto no pictórico e no musical. O mapeamento dessas relações evidencia aspectos em que se fundamentam diversas poéticas da transgressão no período, dentro da estratégia geral, estético-ideológica, de questionamento das convenções acadêmicas pela valorização do popular contemporâneo e de formas e práticas artísticas do passado pré-colombiano que convivem de forma plena nos setores subalternos da população dos países da região. Essas poéticas da transgressão dão expressão a uma heterogeneidade cultural não reconhecida nem expressada até então pela ‘alta’ cultura oficial. No campo literário, uma análise contrativa de diversos textos programáticos e polêmicos e de outras produções individuais ou grupais (publicações periódicas, narrativa de ficção, poesia) revela zonas de conflito no que tange à relação com o popular e suas estratégias de tratamento estético. Com efeito, elas evidenciam a fragmentação e heterogeneidade dos setores subalternos que a vanguarda se propõe representar, nos âmbitos estético e ideológico da cultura.


Poemas para morder a parede
O assassinato da rosa
Realismo, realismos
O tempo amansa / a gente
Caminhos do hispanismo
Anatomia de uma perda
Corvos contra a noite
Combatentes da paz
Diálogos possíveis
Raízes partidas
O mais sutil é a queda
Livro da rainha
Camilo Castelo Branco e Machado de Assis em diálogo
Quando formos doces
Ficção e travessias
Estrada do Excelsior
Tradução, arquivos, políticas 

