O poema de abertura, intitulado em reverso, logo estabelece o tom e conduz a leitura, nos levando pelo caminho invertido da seta do tempo por entre as quatro seções do livro, do morrer ao nascer. Paula Braga fala de perdas – tanto as mais íntimas como aquelas que todos sofremos, de perto e de longe, nos tempos recentes de confinamento – e fala da vida, desde as lembranças da infância e da adolescência até a maternidade, passando por aquilo que se espelha num filho. A construção dessa narrativa que costura os poemas e os temas é feita com apuro e sensibilidade, explorando as diversas camadas da existência ao mesmo tempo com profundidade e leveza, traduzindo em verso (e reverso) a essência da vida e da passagem do tempo. Desse modo, somos levados a confrontar a finitude e o envelhecimento, a mergulhar nas pulsões do desejo e a desvelar o poder transformador da palavra. Os versos deste Reverso nos instigam a encontrar beleza e significado em cada fragmento de existência, e nos convidam a sentir, a refletir e a nos reconectar com tudo aquilo que é mais essencial, em todas as suas formas e contradições.


O fim do Brasil
Campos de Carvalho contra a Lógica
1922
Rita
O morse desse corpo
Tartamudo
"Pervivências" do arcaico
Murmúrios
História, memória, instituições
O menor amor do mundo
Poemas para morder a parede
Max Martins em colóquio
O que faço é música
O assassinato da rosa
A filosofia natural e experimental na Inglaterra do século XVIII
A fruta é doce, mas passou do ponto
A era do sono
Numa nada dada situação 

