Não são apenas contos mínimos, ou minicontos, ou mesmo microcontos – os textos que compõem este belíssimo Rua sem nome flertam também com o viés poético, a partir de uma absoluta concisão que, em vez de confinar, amplia o horizonte da palavra para muito além do que é dito. Como se essa extrema concisão, ao condensar o conteúdo de cada conto ao mínimo, criasse também um extrema densidade textual, na potência e na amplitude de temas e vozes que se desdobram e reverberam ao longo de cada página. Fica o convite para que o leitor venha recompor o fulgor por trás de cada miniatura de vida numa rua qualquer. Buscar nas frestas da imensidão esses traços, eis a primeira chave de leitura dos textos. Esta nova edição é acompanhada das Reflexões órfãs que, em tom experimental, repõem perguntas e respostas naquelas ruas em que nos acossam memória, perda e imaginação


Numa nada dada situação
Poema Cenário e outros silêncios
Algum Lugar
Caderno de viagem
O assassinato da rosa
Memória e esquecimento no "Grande sertão veredas"
Dois campos em (des)enlaces
Fraquezas humanas
A trincheira dos trabalhadores
Sobre o teatro de marionetes
Clandestinas
Histórias do bom Deus
Poemas para morder a parede
O mais sutil é a queda
Placenta: estudos
Eu, Jeremias
O menor amor do mundo
Shazam! 

