Quando se misturam relatos autobiográficos dos subúrbios fluminenses com a dose certa de irreverência, fluidez literal e (muito) futebol, o resultado não pode ser outro: uma obra cingida por uma atmosfera de puro entusiasmo e bom humor. É assim que Paulo Serpa nos apresenta uma reunião de crônicas cativantes ao leitor, que se vê refletido nas cotidianices descritas em cada página.
Enquanto imergimos nas inúmeras histórias, acompanhamos as paixões e opiniões narradas por Paulo nesses energéticos relatos cariocas. Como já dizia Nelson Rodrigues, “nós também ‘vivemos’ o futebol, ao passo que o inglês, o tcheco, o russo apenas o jogam”, uma máxima que vemos com clareza nas crônicas, ao voltarmos com o autor aos esburacados campos dos bairros de Inhaúma ou Colégio para disputarmos uma “pelada” com os amigos locais; ou mesmo ao Fluminense x Madureira, em 1959, jogo que deu o título do campeonato carioca ao tricolor, iniciando uma paixão vitalícia. Todavia, além do futebol, também vivenciamos a construção de uma personalidade a partir de experiências próprias e singulares, como a das batalhas aéreas de pipas nos céus da Cidade Maravilhosa, ou das gozações da dupla Jorginho e Quinzinho, figuras moldadas à maneira mais carioca possível de ser.
Sem firulas cumpre o papel que se propõe com maestria: leva o leitor diretamente à linha do gol em cada crônica, cabendo a este apenas desfrutar das satíricas histórias –
ou, em jargões mais futebolísticos, chutar e correr pro abraço.


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