Nos cinco ensaios de A fábula e o desvio, Jean-Pierre Sarrazac enfatiza o jogo entre o dramático e o épico que, a partir de Strindberg e do expressionismo, vai marcar a dramaturgia atual. O autor sublinha a ampliação do universo dramatúrgico a partir da fragmentação da fábula aristotélica e analisa as diversas estratégias de desvio que, ao articular o íntimo e o cósmico, o sonho e o cotidiano, a imobilidade e a errância, desfazem perspectivas críticas maniqueístas e propõem novo instrumental para a análise da história da dramaturgia.
Os fios que unem Strindberg, Tchekhov, Hauptmann, Maeterlinck, Horváth, Marieluise Fleisser, Pirandello, Brecht, Claudel, Beckett, Koltès, Kroetz e Bond vão se evidenciando ao longo dos ensaios de Sarrazac, e o panorama que se delineia é original e surpreendente.


O assassinato da rosa
Terapia de regressão
Antiroad
A casa invisível
Corpo, substância gozante?
Corvos contra a noite
Era preciso um caminho
Estrada do Excelsior
Dançando sobre escombros
Fraquezas humanas
Poemas para morder a parede
Revolução escrita
Elisa Martins da Silveira: “arte naïf” posta em questão 

