Em seu livro de estreia, Susana Mara Miranda Pacheco oferece ao leitor uma experiência poética rara nos dias de hoje: a aliança entre a precisão lírica e observação afiada. Seus versos resgatam uma tradição de lirismo que dialoga com o soneto clássico e as trovas populares, aqui ventilados com o frescor da contemporaneidade.
A autora constrói paisagens e emoções que vibram em uma cadência precisa, como em “A rua (ii)”: Na rua se circula como quiser: / a pé e devagar como um flâneur. Por vezes, a autora transcende a atenção exterior para habitar um espaço de introspecção, como em “Memória que leva e traz”, onde faz dos versos uma ponte entre o vivido e o sonhado.
Ao costurar temáticas diversas, como a celebração da natureza em “Balada da mata tropical” e a melancolia do tempo em “Fases da lua e da vida”, sua habilidade com a rima, ora discreta, ora marcante, evoca ecos de Vinícius de Moraes e Cecília Meireles. Mas sua voz poética é inconfundível em versos que não apenas encantam pela musicalidade, mas também pela simplicidade com que traduzem sentimentos universais.


Eu, Jeremias
A filosofia natural e experimental na Inglaterra do século XVIII
O esporte no cenário ibero-americano
Translinguismo e poéticas do contemporâneo
Dinossauro emancipado
Realismo, realismos
Para pensar
Estrada do Excelsior
No domínio de Suã
Vida poesia tradução
Machado de Assis
O menor amor do mundo
O fim do Brasil
Poemas para morder a parede
Numa nada dada situação
Caderno de viagem
Antologia poética
Corvos contra a noite
O desejo de esquecer
Histórias do bom Deus
O tempo amansa / a gente
A praça do mercado
O chamado da vida
Como não agradar as mulheres
Danação
Todo abismo é navegável a barquinhos de papel
O mais sutil é a queda
Outro (& outras)
Cara de cavalo
Sublunar
Pedaço de mim
A paixão mortal de Paulo
O assassinato da rosa
Da capo al fine 

