Em seu livro de estreia, Susana Mara Miranda Pacheco oferece ao leitor uma experiência poética rara nos dias de hoje: a aliança entre a precisão lírica e observação afiada. Seus versos resgatam uma tradição de lirismo que dialoga com o soneto clássico e as trovas populares, aqui ventilados com o frescor da contemporaneidade.
A autora constrói paisagens e emoções que vibram em uma cadência precisa, como em “A rua (ii)”: Na rua se circula como quiser: / a pé e devagar como um flâneur. Por vezes, a autora transcende a atenção exterior para habitar um espaço de introspecção, como em “Memória que leva e traz”, onde faz dos versos uma ponte entre o vivido e o sonhado.
Ao costurar temáticas diversas, como a celebração da natureza em “Balada da mata tropical” e a melancolia do tempo em “Fases da lua e da vida”, sua habilidade com a rima, ora discreta, ora marcante, evoca ecos de Vinícius de Moraes e Cecília Meireles. Mas sua voz poética é inconfundível em versos que não apenas encantam pela musicalidade, mas também pela simplicidade com que traduzem sentimentos universais.


O som dos anéis de Saturno
Motus perpetuo
Tradução e psicanálise
Diálogos possíveis
Era preciso um caminho
"Boca de lixo" visto por
A Criação Original
O menor amor do mundo
Anatomia de uma perda
Espiral: contos e vertigens
Contos do porto da barra
Todo diálogo é possível
O futuro da infância e outros escritos
Como era fabuloso o meu francês!
Sophia: singular plural
Psicanálise entre línguas
Poesia reunida
Estou viva
A tulipa azul do sonho
Jogo de linguagem e a ética ferencziana
No domínio de Suã
Realismo, realismos
A clínica do ato
Uma escola de luta
Grito em praça vazia
Ficções purificadoras e atrozes
Desigualdades interdependentes e geopolítica do conhecimento
Placenta: estudos
Territórios ao Sul
A paixão mortal de Paulo
Aventuras de rapaz
78
Corpo em combate, cenas de uma vida
O amor e suas letras
Vento, vigília
Pedaço de mim
Didática
Aquém das retinas
Todo abismo é navegável a barquinhos de papel
Pulvis 

