A maré invadindo o quarto, o salitre indicando a intimidade com o mar. Mais do que geográficas, as paisagens desvendadas em Variações do mar são poéticas. Os versos fluem página a página num movimento sinuoso, quase aquático, deixando entrever diversos sentidos submersos. Seus poemas desenham baobás de Olinda, as margens do Tâmisa, a paisagem da região do rio Mondego. Revelam, no solo seco, uma semente que germina; em São Luís, o barqueiro que atravessa a praia, alertando, como Caronte, que Cartago está próxima. Hábil e sensível, a poesia de Josoaldo une cores e sotaques regionais a uma visão de mundo cosmopolita, numa obra que se destaca pela dicção contemporânea, em sintonia com o melhor da produção poética atual.


Numa nada dada situação
Cárcere privado
Quando estava indo embora
A era do sono
Oceano
Dinossauro emancipado
Lições do Tempo
A casa invisível
Estou viva
Parados e peripatéticos
Max Martins em colóquio
O fim do Brasil 

