Vingar é da vingança, mas não apenas: aquela que vingou, que vinga, é a semente que deu certo, cuja voz se lança no espaço e no tempo, que nos fala, que grita no silêncio da escrita: “eu vou continuar indo / ao que queima / vingando / os frutos não vingados / como vingam as folhagens / fincadas no meu dorso / na frente e no verso / eu vingo de novo / está traçado / no meu corpo / eu estou só começando”. Nas palavras de Tatiana Pequeno, na bela apresentação do livro: “[…] Vingamos escrevendo então para honrar as mortas e os mortos, vingamos escrevendo para ‘fazer um sol/ com as próprias mãos’ e chamar alguém que nos lembre de algum sagrado, vingamos escrevendo para a memória sair, para ganhar um corpo pelo arredondado de letra, para nos lembrar da humanidade e da amabilidade na urgência da poesia de Danielle. Vingamos para haver países depois dos tiranos, vingamos para driblar a fonte inesgotável de horror dos perversos, vingamos para que a história não seja a morte mas, ainda, se for, que haja em nossa morte, assim, alguma paixão, alguma revolta, algum esconjuro, algum alívio, alguma paz: ‘(…) vamos / a história está esperando / o começo/ da narrativa’.”
Resenhas
Quando o céu cair: vingar, por Simone Brantes
A travessia pelo desvio: ‘Vingar’, de Danielle Magalhães, e outros lançamentos, por Martha Alkimin


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