A qualquer momento pode estourar, parece. Começo de baixo, vegetação, e devagar subo, os dedos caminham pelas laterais, arrepios. Sobem e descem, giram em torno do pequeno vão central. Chego ao cume, encosto o ouvido, assustado subo, e volto com a mão. Caminho inverso, circular. Esticada, suspira e sorri, a dona da montanha passa a mão pelo meu rosto e diz e sua, e chora. Soluça e gargalha, vibra. Essa hora para sempre. Depois beijo a pele e fico ouvindo por trinta minutos, cafuné gostoso, cortina fechada, sono.


"Pervivências" do arcaico
O assassinato da rosa
A clínica do ato
O mar que restou nos olhos
Linhagens performáticas na literatura brasileira contemporânea
A duas mãos
Saúde mental e memória
Cinzas do século XX
Inclusive, aliás
Corvos contra a noite
O fim do Brasil
Para pensar
Sophia: singular plural 

