Os poemas de Aleijão exibem as cicatrizes do viver em um mundo fundamentalmente violento, em versos imunes a qualquer esperança de fuga desse desgaste com o real. Neste livro, não há refúgios nas ruas, nem na própria casa, na família, na infância, nos amigos ― todos guardam sustos e assaltos, revelando-se como território inimigo. Ensaísta e crítico literário, Sterzi cria uma poesia que pretende comover, isto é, fazer com que o leitor se mova consigo para dentro e para fora do abismo. Uma poesia que sabe que é necessário se precaver, mas também alimentar o perigo, porque, como dizia Hölderlin, nele também cresce a salvação.
Aleijão foi o segundo colocado na categoria Poesia do Prêmio Literário da Fundação Biblioteca Nacional de 2010.


Estrada do Excelsior
Memória e resistência
Nas frestas das fendas
A outra história
O tempo amansa / a gente
Anthony Julius Naro e a linguística no Brasil
O fim do Brasil
O menor amor do mundo
Outro (& outras)
As amarras
Tartamudo
Antologia poética
História, memória, instituições
O mar que restou nos olhos
Vento, vigília
Pulvis
Do poema nasce o poeta
Todo abismo é navegável a barquinhos de papel
Corpo, substância gozante? 

