As imagens ganham movimento na poesia de Laura Liuzzi, seduzindo os olhos e ouvidos com uma cadência fina, misto de delicadeza e precisão. Em Calcanhar, a jovem poeta encanta com uma poesia límpida, apurada e madura, surpreendente para um livro
de estreia. Tal como a fotografia, a poesia de Laura Liuzzi é o ato flagrante que revela o instante irreversível. Seus poemas capturam o breve segundo em que o olhar se detém e se descobre nas coisas do mundo. No blush das bochechas, nas pedras portuguesas do chão; na garça que esconde o voo em imobilidade, no gato aninhado na lã. A poesia que toca na nuca, arrepiada num calafrio.


Pulvis
Estrada do Excelsior
Todo abismo é navegável a barquinhos de papel
Pedaço de mim
A memória é uma boneca russa
Nas frestas das fendas
Poesia reunida
Da capo al fine
O menor amor do mundo
Danação
O tempo amansa / a gente
O fim do Brasil
Linhagens performáticas na literatura brasileira contemporânea
Regra e exceção
O desejo de esquecer
Ave, Rosa!
Além do visível
Tradução, arquivos, políticas
Poesia pode ser que seja fazer outro mundo
Camilo Castelo Branco e Machado de Assis em diálogo 

