É o incerto da fera que somos, esse filho divino da criação. Daí que nos agarramos à razão, essa mulher imprópria e títere, para que em nossas bacias não corra nunca o sangue dos lobos e das corujas. Enquanto isso, esposas dedicadas acolhem seus maridos que voltam de suas feras, onde precisam se alimentar para continuar reagindo e presenciar a vida. E maridos zelosos acolhem suas mulheres que voltam lobas, às vezes feridas, de suas incursões em suas veredas de descobrimento, de sangue, de pele, de memória.
Todos voltam à fera que são – no recolhido da noite -, para afiar os dentes, aprender a rir, amar, para aprender a deixar-se no colo de outrem sem medo, como as feras mesmas o fazem, quando lhes acariciam o focinho sem medo.


A bordo do Clementina e depois
Vigário Geral
A herdeira [Washington Square]
Realismo, realismos
Machado de Assis
O mar que restou nos olhos
Natureza humana 2
A casa invisível
O mais sutil é a queda
Sentidos do melodrama
A memória é uma boneca russa
Pirandello presente
Estrada do Excelsior
Corpo em combate, cenas de uma vida
Contos contidos
Nenhum nome onde morar
Numa nada dada situação
Ciclopes e medusas
Discurso e…
A duas mãos 

