O que temos neste livro de Júlia Studart é a inteligência e a habilidade de uma poeta que escreve imagens com a mão desaprendida, a da linha fresca, e consegue colocar-se severamente à escuta do tempo nessa guerra de todos contra todos. Ou como sugere Nuno Ramos, no prefácio, uma escrita que fica entre “uma elisão constante” e “um grãozinho fatal”. Por isso, nessa guerra, este livro é como um telegrama de amor, contingente e incerto. Os poemas percorrem as páginas, entre as epígrafes e um cólofon encantado, compondo um desenho diante de um tempo lacerado em que apenas se pode ouvir. É o risco político de cumprir com o poema a composição de outra história, a que nunca houve, a que não há, a que se ouve – a do mal-entendido, como conceito e experiência.


Sobre o teatro de marionetes
Três faltas e você será foracluído [...]
Grito em praça vazia
Pesquisa sobre política, currículo e cotidiano escolar
Lições do Tempo
Reversor
Casa, corpo, terra, violência
Murmúrios
Hakim, o geômetra e suas aventuras
História de vocês
Outro (& outras)
Era preciso um caminho
Tartamudo
Nas frestas das fendas
Ensaios inspirados em ficção científica
O movimento queremista e a democratização de 1945
Espiral: contos e vertigens
Cadernos de alguma poesia
A desordem das inscrições
Poesia reunida
Antologia poética
O mar que restou nos olhos
Articulações 

