Em O choro da aranha etc., Sérgio Medeiros lança um olhar atento para o que há de minimal à nossa volta, revelando, em versos claros e lúdicos, o que há de surpreendente nas pequenas coisas aparentemente óbvias e sem importância: aranhas que choram, flores, vegetais e minerais, sombras e resíduos figuram nestes páginas em que se dissolvem as fronteiras entre vida e poesia –fundindo cidade e selva, natureza e urbe, aldeia indígena e bairro. A liberdade no uso da linguagem marca estes poemas, num movimento vibrante e renovador da própria poesia.


O andarilho de Malabo
A noite belga
Algum Lugar
Entre sedas e algodão
Territórios ao Sul
Dos artefatos e das margens
Arrastão de textos
Cadernos de alguma poesia
Raízes partidas
Todo abismo é navegável a barquinhos de papel 

