E este livro narra, através de uma descrição etnográfica, a experiência da autora com a Morada da Paz sobre fazer corajosa e criativamente a vida, sem se deixar paralisar pelas forças destrutivas do mundo. Exatamente por isso, seus ensinamentos são fundamentais para esses tempos de descaso explícito com os seres (humanos, mas não apenas) e com as memórias. Mas é preciso atentar. Narrar a coragem da Morada não significa corroborar e atribuir a ela um heroísmo que marca continuamente o modo de contar histórias tal como o Ocidente, na sua manifestação branca, colonial e masculinista, parece operar –
a maneira de Júlio César e a clássica narrativa “vim, vi e venci!”. A coragem da Morada não é descrita com base no conflito e na arma utilizada para aniquilar, ou conquistar, o inimigo. A coragem provém de algo sutil, e ainda assim intenso e poderoso: a manutenção da vida coletiva e de um “jeito de ser e de viver” singular. Em vez do conflito visando um determinado fim, surge o processo contínuo do fazer-se vivo e no fazer a vida junto com outros.


O primeiro dia da segunda morte
Entre o mito, o sagrado e o poético
O Último amor
O baixo contínuo no Brasil 1751-1851
Motivo
Imagens da Clausura na ditadura de 1964
Bonito, barato e gostoso
Bandido e mocinho
Aleijão
Capoeiragem
A rosa das línguas
Confidências de um amante quase idiota
Rostos invisíveis da violência armada
Cenas do discurso: Deslocamentos e transformações
poemAteu
Combatentes da paz
Globalização, políticas públicas e reestruturação territorial
O problema da habitação
Literatura e criatividade
De sombras e claridades
O primeiro vôo
Atrás da vidraça
Do poema nasce o poeta
Discurso e…
Ensaios de escola
Todo dia amanhece no Arpoador
Nebulosos
Maria das Neves
Os espaços públicos nas políticas urbanas: Estudos sobre o Rio de Janeiro e Berlim
Gado novo
Elegia ao Novo Mundo
Convivendo com filhos especiais
Tecendo deslocamentos 

