A qualquer momento pode estourar, parece. Começo de baixo, vegetação, e devagar subo, os dedos caminham pelas laterais, arrepios. Sobem e descem, giram em torno do pequeno vão central. Chego ao cume, encosto o ouvido, assustado subo, e volto com a mão. Caminho inverso, circular. Esticada, suspira e sorri, a dona da montanha passa a mão pelo meu rosto e diz e sua, e chora. Soluça e gargalha, vibra. Essa hora para sempre. Depois beijo a pele e fico ouvindo por trinta minutos, cafuné gostoso, cortina fechada, sono.


O fim do Brasil
Rogério Duprat, arranjos de canção e a sonoplastia tropicalista
Burguesia e trabalho
Estão matando os humoristas
Max Martins em colóquio
Língua contra língua
Rui Barbosa: cronologia da vida e da obra
Tartamudo
1922
Outro (& outras) 

