Os fragmentos de Livro das sonoridades conduzem o leitor a uma importante reflexão sobre música e tempo, na qual o futuro é pensado como uma força que irrompe no presente, ao contrário da ideia tradicional de um presente que se lança no futuro. Essa inversão na direção do tempo se aproxima da ideia da música experimental que o próprio autor compõe – uma música que se dá em sua escuta, que, em vez de se dar no campo do reconhecimento, se dá no campo da experimentação.
Em íntima sintonia com o tema da obra, a escrita de Silvio se permite experimentar cortes, volteios, saltos, convidando o leitor a vivenciar no próprio texto a liberdade e potência da música. O resultado é um livro em que a sonoridade ultrapassa os limites da teoria musical, invadindo o literário e o filosófico.
Esta segunda edição é complementada com uma nota do autor, reafirmando a obra como um livro de música para não músicos, ou de não música para músicos, aberto a todos que se interessam pelas múltiplas práticas estéticas no contexto contemporâneo.


Tartamudo
Sobre o teatro de marionetes
A invenção do amor
Histórias do bom Deus
O conceito de ficção
Poesia pode ser que seja fazer outro mundo
O mar que restou nos olhos
Didática
Discurso e…
Uma escola de luta
"O fio da memória" visto por
A gaia ciência de James Joyce
Pré-história
O aprendiz do desejo
O autista e seus objetos
Nenhum nome onde morar
O cinema de Nelson Rodrigues
O morse desse corpo
Campos de Carvalho contra a Lógica
O assassinato da rosa 

