“Quantos segundos, quantos segundos até o chão?” O telefone toca e Dalton com a notícia de que um vizinho se atirou do quarto andar. Na sala, seu pai comenta o fato afundado na poltrona, os olhos fixos na tv. A mãe passou o dia dormindo, embalada por remédios.
Neste romance de estreia, Bolívar Torres acompanha um jovem mergulhado numa rotina de emoções fugazes, diálogos rasos e encontros fortuitos. Seu isolamento é o de uma geração que resvala entre uma busca impossível por sentido e a incapacidade de encarar os próprios medos, afetos e decisões. A narrativa ágil e seca desnorteia o leitor, em uma obra impactante na qual ressoam a angústia e o silêncio.


Corvos contra a noite
A era do sono
Murmúrios
Cadernos de alguma poesia
Poesia pode ser que seja fazer outro mundo
Nas frestas das fendas
Espiral: contos e vertigens
O vento gira em torno de si
O mar que restou nos olhos
Trabalhos jurídicos
Pedaço de mim
A casa invisível
Como não agradar as mulheres
A herdeira [Washington Square] 

