Não são apenas contos mínimos, ou minicontos, ou mesmo microcontos – os textos que compõem este belíssimo Rua sem nome flertam também com o viés poético, a partir de uma absoluta concisão que, em vez de confinar, amplia o horizonte da palavra para muito além do que é dito. Como se essa extrema concisão, ao condensar o conteúdo de cada conto ao mínimo, criasse também um extrema densidade textual, na potência e na amplitude de temas e vozes que se desdobram e reverberam ao longo de cada página. Fica o convite para que o leitor venha recompor o fulgor por trás de cada miniatura de vida numa rua qualquer. Buscar nas frestas da imensidão esses traços, eis a primeira chave de leitura dos textos. Esta nova edição é acompanhada das Reflexões órfãs que, em tom experimental, repõem perguntas e respostas naquelas ruas em que nos acossam memória, perda e imaginação


O Rio de Janeiro nos jornais
Contos estranhos
E daí?
O som dos anéis de Saturno
Poesia reunida
Corvos contra a noite
O menor amor do mundo
Vera Ballroom
Placenta: estudos
Um vermelho não é um vermelho
Carnaval, ritual e arte
O assassinato da rosa
Max Martins em colóquio
Novo tempo
Espiral: contos e vertigens
Carona é uma coisa muito íntima
Contos contidos 

