As lembranças da infância, dos pais e da vida em família na escuna que era a casa do Sítio de Cima, ao pé da serra em Minas Gerais, são o ponto de partida de Todo dia é domingo. “No lugar do meu coração preciso colocar uma pedra”, diz – e repete – a narradora, como um mantra que pudesse anular a memória, as fotografias antigas e tão nítidas, os esconderijos no porão da casa-escuna que tudo abriga, tantas vidas. Geny Vilas-Novas é fiel a seu estilo, e narra a vida cotidiana com todas as suas tramas e seus dramas se entrelaçando numa teia literária que talvez fosse impossível de criar se fosse só invenção. E ao mesmo tempo ela nos conta essas histórias, que vêm desde a mitologia clássica ou do folclore brasileiro, como numa conversa íntima ao pé do ouvido, com uma intimidade que é quase como se já conhecêssemos os personagens antes mesmo de nos serem apresentados. Para quem já leu seus outros romances, este livro é mais uma peça de um quebra-cabeça que remonta uma vida, ou muitas. Para quem ainda não conhece a obra da autora, Todo dia é domingo é uma ótima porta de entrada para um universo de encantamento com aquilo de melhor que a literatura pode oferecer: escrita com alma.


Poesia Traduzida
Territórios ao Sul
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Espaço, corpo e tempo
Da capo al fine
O fim do Brasil
Era preciso um caminho
Corvos contra a noite
O limoeiro real
Fausto tropical
Poesia pode ser que seja fazer outro mundo
A invenção do amor
Hooliganismo e Copa de 2014
Numa nada dada situação
O tempo amansa / a gente
Algum Lugar
Pedaço de mim
Estou viva
Antologia poética
Nenhum nome onde morar
O som dos anéis de Saturno 

