As lembranças da infância, dos pais e da vida em família na escuna que era a casa do Sítio de Cima, ao pé da serra em Minas Gerais, são o ponto de partida de Todo dia é domingo. “No lugar do meu coração preciso colocar uma pedra”, diz – e repete – a narradora, como um mantra que pudesse anular a memória, as fotografias antigas e tão nítidas, os esconderijos no porão da casa-escuna que tudo abriga, tantas vidas. Geny Vilas-Novas é fiel a seu estilo, e narra a vida cotidiana com todas as suas tramas e seus dramas se entrelaçando numa teia literária que talvez fosse impossível de criar se fosse só invenção. E ao mesmo tempo ela nos conta essas histórias, que vêm desde a mitologia clássica ou do folclore brasileiro, como numa conversa íntima ao pé do ouvido, com uma intimidade que é quase como se já conhecêssemos os personagens antes mesmo de nos serem apresentados. Para quem já leu seus outros romances, este livro é mais uma peça de um quebra-cabeça que remonta uma vida, ou muitas. Para quem ainda não conhece a obra da autora, Todo dia é domingo é uma ótima porta de entrada para um universo de encantamento com aquilo de melhor que a literatura pode oferecer: escrita com alma.


Numa nada dada situação
Na trilha dos fonogramas com Charles Gavin
Shazam!
Dicionário dos refugiados do nazifascismo no Brasil
Da capo al fine
Tradução, arquivos, políticas
Antologia poética
Governo Vargas: questões regionais e relações interamericanas
Pedaço de mim
Hakim, o geômetra e suas aventuras
Nenhum nome onde morar
Ave, Rosa!
Vera Ballroom
Diálogos possíveis
Poemas para morder a parede
Raízes partidas
Burguesia e trabalho
Didática
As artes do entusiasmo
Rita
O assassinato da rosa
Além do visível 

