A música e as artes plásticas estão presentes como referências infalíveis de som e imagem, mas aqui a palavra é a personagem principal. Com uma inventividade surpreendente, Sofia Betancor explora os meandros da língua em seus mais variados tons e idiomas, colorindo seus versos de um urgente e atualíssimo esperanto, numa composição delicada e bem tramada que desperta uma polifonia de múltiplos sentidos.


Poemas para morder a parede
O mar que restou nos olhos
O morse desse corpo
Chacona e fuga
Rumor nenhum
O assassinato da rosa
Numa nada dada situação
Tempo-música, música-tempo 

