O Homem dos Patos é um romance singular que, na fronteira com a poesia e o teatro, mostra a força crítica de uma expressão calcada na ousadia e na insubmissão formal. Conciliando uma precisão quase geométrica na composição das páginas e uma liberdade radical na escrita, o livro está estruturado em três planos simultâneos que, trançados numa perspectiva lúdica, capturam o leitor pelo ritmo pujante. Extrapolando, porém, qualquer tentativa de delimitação temática, o romance é antes de tudo uma celebração da linguagem e da invenção sem amarras, uma caudalosa proliferação de vozes que – numa mescla rara de concisão e profundidade – perpassa tópicos como o apego e o desapego, a memória e o esquecimento, a atenção e a presença, a ação do tempo e a provisoriedade das identidades.


Nenhum nome onde morar
Antologia poética
O menor amor do mundo
Da capo al fine
A cidade inexistente
O vento gira em torno de si
A casa invisível
Eu, Jeremias
Estrada do Excelsior
Como não agradar as mulheres
Estou viva
Cadernos de alguma poesia
O mar que restou nos olhos
No horizonte do provisório
Nas frestas das fendas
Parados e peripatéticos
Poemas para morder a parede
Anônimo nômade
Os Gaviões da Fiel
Grito em praça vazia
A construção social do "ex-bandido"
Todo abismo é navegável a barquinhos de papel
Era preciso um caminho
Dois campos em (des)enlaces
Numa nada dada situação
Cárcere privado
A era do sono 

