Tens que começar numa palavra. Numa palavra qualquer se conta. Mas, no ponto-voraz, surgem fugazes as imagens. Também lhes chamo figuras. Não ligues excessivamente ao sentido. A maior parte das vezes, é impostura da língua.
Vou, finalmente, soletrar-te as imagens deste texto, antes que meus olhos se fatiguem. O milionésimo sentido da voz, “tiro o lápis da mão”, o gesto de partir a luz, o pensamento de uma criança, cópias da noite, passeio nocturno, “era um dia verde”, o afecto do negro, sob o lenço da noite.
O indizível é feito de mim mesma, Gabi, agarrada ao silêncio que elas representam.


Quando estava indo embora
O tempo amansa / a gente
Numa nada dada situação
Auto de resistência
Mozart em ritmo de samba
Um Flamengo grande, um Brasil maior
Bonito, barato e gostoso
O Rio de Janeiro nos jornais
A tradição viva em cena
Cantiga de exílio
Parados e peripatéticos
3º Encontro questão de crítica
Luzia
À beira da cidade
Todo abismo é navegável a barquinhos de papel
Todo diálogo é possível
Era preciso um caminho
Reversor
Estrada do Excelsior
O morse desse corpo
Fragmentos
Saúde mental e memória
Memória e resistência
Sublunar
Cadernos de alguma poesia
São Sebastião Blues
Max Martins em colóquio
O menor amor do mundo
O mar que restou nos olhos
Raízes partidas 

