No seu livro de estreia a poeta Luisa Müller nos apresenta um conjunto de escritos a partir de dobras afetivas. As palavras curvam-se diante do outro, ora um outro afeto poético da autora, ora a própria linguagem se curvando ao fazer uma declaração de amor e sair correndo. Segundo Tite de Lamare, “o caminho desenhado por A dobra do cotovelo em seu zigue-zague cósmico (e poético) nos traz a sensação de que a poesia está ali sempre à espreita como discussão, meio, possibilidade e fim”. A primeira obra de Luisa nos conduz para outra dobra do leitor afetivo: após a leitura de um poema, descobrir que amamos algo inesperado.


Quando estava indo embora
O tempo amansa / a gente
Numa nada dada situação
Auto de resistência
Mozart em ritmo de samba
Um Flamengo grande, um Brasil maior
Bonito, barato e gostoso
O Rio de Janeiro nos jornais
A tradição viva em cena
Cantiga de exílio
Parados e peripatéticos
3º Encontro questão de crítica
Luzia
À beira da cidade
Todo abismo é navegável a barquinhos de papel
Todo diálogo é possível 

